13 de julho de 2011

Ditados ditos populares

Existem pessoas que gostam de ilustrar determinados conselhos ou falas com expressões enigmáticas, como se ditados populares fossem estratos de pensamentos profundos.

Por exemplo, quem vê cara, não vê coração, ok... Agora me diga o que isso significa. Pra mim, quem vê cara, não vê coroa, até porque nos dois lados de uma moeda, a gente só vê uma das faces. Poderia dizer também que quem vê cara não vê a nuca. O dia que você ver o coração de uma pessoa, pode ter certeza que será numa situação adversa. Ou você é cirurgião cardiovascular, ou você é um socorrista tentando manter aquela vítima de trânsito viva com o peito aberto. Portanto, não é agradável falar essa expressão.

Em terra de cego, quem tem um olho é rei... Eu poderia complementar, e em terra de rei, é cego quem é filho dele. Engraçado que na minha cabeça, essa construção interpretativa faz sentido se a gente imaginar que o rei é Roberto Carlos. Deixa eu explicar uma coisa... Em terra de cego, quem tem um olho é... Caolho! Em qualquer lugar é desta forma. Em terra de quem enxerga também é caolho o cara que tem um olho só.

Vão-se os anéis, ficam os dedos... Lindo, e o problema dessa expressão é que ela é totalmente realista. Basta a gente ver o programa do Datena. No Cidade Alerta, o que não faltam é casos de anéis que se vão por conta de assaltos dos mais variados, aliás, de vez em quando, vão-se os dedos também. Esta é mais uma expressão que não dá pra falar a esmo pela carga real que ela traz.

Cão que late, não morde... É mesmo? Quero ver você me provar isso... Enfia a mão perto de um cachorro em silêncio enquanto ele come. Você vai provar que o ditado anterior terá valia também nesse caso. O certo deveria ser... Cão que late, também morde. Pelo menos eu parto desta premissa. Não vou arriscar e descobrir que esse ditado é verdadeiro ou não... Até porque já fui mordido por cachorro que late e por cachorro que não late. Outra situação. O cachorro que morde não tem boca pra latir, a não ser que ele lata com o rabo, coisa que eu duvido muito, portanto, mais uma vez fico cabreiro com essa expressão.

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