12 de julho de 2011

Classe C Parte 1

Hoje em dia é complicado a gente falar de diferenças entre o pobre e o rico. Até porque esse tipo de comparação é politicamente incorreto desde que não haja a roupagem de denúncia. Hoje em dia, essa nova geração de emergentes, graças a Deus porque eu faço parte dela, é grande a projeção do popular que vive na famijerada classe C. Nunca antes na histórai deste país tivemos tantos publicitários e marketeiros especialistas em mídia para a classe C.

As companhias aéreas estão muito classe C, basta que você lembre da última vez que viajou e pagou uma fortuna por isso. Antigamente a gente falava que viagem de avião somente por milhas ou pacote turístico, hoje quem paga inteira no aeroporto só quem não tem carteirinha de estudante, e olha que dá pra dar o truque da tal carteirinha de estudante imprimindo o documento na própria impressora.

Classe C manda no mundo. Sem a classe C, os sites de compra coletiva não existiam. Daqui a pouco a gente vai ver no Groupon promoção do FMI pra países comprarem créditos em compras coletivas. Antigamente o FMI era coisa de classe dominante. Hoje em dia o FMI é classe C e pede ajuda para o Brasil com o empréstimo de dinheiro. Se FHC falasse isso enquanto presidente, seria chamado de George Orwell.

Classe C manda no mundo. Antigamente a classe A era a classe mais importante porque tinha o poder de formar opinião. Com a popularização de elementos ditos sofisticados, isso acabou. Classe C hoje forma opinião. Basta você ver na banca de revistas livros extremamente cultos, como Crepúsculo, Harry Potter e Paulo Coelho. Literatura que determina os valores e moralidade instituídas pelo mercado consumidor. PRa ser perfeito, somente Harry Potter assinando livro de auto ajuda, seria capaz de vender mais que a própria bíblia.

Hoje em dia não se fala mais em classe C. Se fala em classe emergente. Classe C é muito anos 80, do tempo que Mallan era ministro da fazenda e a inflação era medida diariamente. O termo classe C é muito pejorativo, porque faz a gente lembrar do tempo que permanente no cabelo da mulherada era tendência de moda e não tendência de horror.

Amanhã falarei sobre as diferenças entre os populares da classe C e os dominantes da classe A e B. Hoje tô muito classe C, só querendo consumir.

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